Família em situação terrível,
sem casa, sem comida, sem esperança, mas com muitos filhos pequenos, chega a um
albergue e o atendente se espanta com tal situação.
O pai então explica que
vinham de Minas, onde ele tinha emprego, filhos na escola, casa pra morar. Mas
um dia..
o patrão ficou bravo, gritou com o homem e ele respondeu mandando-o pro inferno. É, disse ele, ninguém fala assim comigo, não!
o patrão ficou bravo, gritou com o homem e ele respondeu mandando-o pro inferno. É, disse ele, ninguém fala assim comigo, não!
Que tristeza! Toda uma
família em penúria, porque o “machão” não levou desaforo pra casa...
Muitos casamentos se desfazem, muita gente vai para a prisão pelo mesmo motivo. Um momento de cólera, uma reação de ódio, uma agressão, e a nossa existência se complica.
Não existe mérito em
responder ao mal com o mal, à ofensa com a violência. Qualquer animal faz isso.
Se dermos um pontapé num cachorro ou num cavalo, eles nos responderão com uma dentada ou um coice...
Só os homens de verdade
estão dispostos a compreender, mantendo a calma.
Enquanto não treinarmos esse tipo de coragem, jamais seremos donos de nós mesmos. Estaremos sempre influenciados pelo comportamento das pessoas próximas, como folhas ao vento.
(Richard
Simonetti, em “Tribuna do Espiritismo, maio/2015,
adaptado.)