Recado aos Trabalhadores

Prestar Atenção
No Evangelho de Lucas (10: 25), Jesus conta uma de suas parábolas mais belas e significa­tivas, O Bom Samaritano: Um homem ia pela estrada de Jerusalém a Jericó e foi assaltado por ladrões que tiraram seus pertences e o es­pancaram, deixando-­o desfalecido. Pouco de­pois passou um sacerdote, que não se deteve diante do homem caído no caminho. Também passou um levita e nada fez. ...
Então veio um sa­maritano. Ao ver o homem caído, aproximou-­­se. Cheio de compaixão, colocou­-o sobre o cavalo e o levou a uma estalagem. Ali, pres­tativo, cuidou de seus ferimentos. No dia se­guinte, ao partir, deixou dinheiro com o dono da hospedaria, dizendo­-lhe: “Cuida dele e tudo o que de mais gastares eu te reembolsarei quan­do voltar”. Há vários aspectos nesta parábola dignos de atenção. 

Vamos considerar um ape­nas. O sacerdote e o levita eram homens de Deus, ligados ao culto judeu, certamente cum­priam seus deveres. Frequentavam a sinagoga. Ofereciam sacrifícios no templo. Pagavam dí­zimos. Jejuavam regularmente. Mas faltou-­lhes algo essencial, o mais importante nas relações humanas: Prestar Atenção! Conheciam os dois mandamentos fundamentais da lei judaica. 

O primeiro (Deut., 6: 5): “Amarás, pois, o Se­nhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todas as tuas forças”. O segundo (Lev., 19: 18): “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. No amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos está a base das mais sagradas realizações da alma huma­na. 

O sacerdote e o levita simplesmente não prestaram atenção aos dois mandamentos. Se o fizessem, não deixariam de prestar atenção ao homem caído no caminho à espera de so­corro. Para vivermos felizes e conservarmos o equilíbrio, o melhor remédio é estarmos sem­pre dispostos a Servir, a fazer algo pelo pró­ximo, como Jesus ensinou e exemplificou. 

Mas para tanto é preciso prestar atenção. Que nos coloquemos no lugar do irmão caído no caminho, simbolizando os caren­tes, sofredores, doentes de todos os matizes, e tratemos de fazer por eles o que gostaríamos que fi­zessem por nós. Atentos às circunstâncias, aos momentos e aos locais por onde passemos.
 
"Assim como eu os ameis, amem também uns aos outros.
(R. Simonetti , “O Resgate de uma alma”, adaptado.)