Prestar Atenção

Então veio um samaritano. Ao ver o homem caído, aproximou-se. Cheio de compaixão, colocou-o sobre o cavalo e o levou a uma estalagem. Ali, prestativo, cuidou de seus ferimentos. No dia seguinte, ao partir, deixou dinheiro com o dono da hospedaria, dizendo-lhe: “Cuida dele e tudo o que de mais gastares eu te reembolsarei quando voltar”. Há vários aspectos nesta parábola dignos de atenção.
Vamos considerar um apenas. O sacerdote e o levita eram homens de Deus, ligados ao culto judeu, certamente cumpriam seus deveres. Frequentavam a sinagoga. Ofereciam sacrifícios no templo. Pagavam dízimos. Jejuavam regularmente. Mas faltou-lhes algo essencial, o mais importante nas relações humanas: Prestar Atenção! Conheciam os dois mandamentos fundamentais da lei judaica.
O primeiro (Deut., 6: 5): “Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todas as tuas forças”. O segundo (Lev., 19: 18): “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. No amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos está a base das mais sagradas realizações da alma humana.
O sacerdote e o levita simplesmente não prestaram atenção aos dois mandamentos. Se o fizessem, não deixariam de prestar atenção ao homem caído no caminho à espera de socorro. Para vivermos felizes e conservarmos o equilíbrio, o melhor remédio é estarmos sempre dispostos a Servir, a fazer algo pelo próximo, como Jesus ensinou e exemplificou.
Mas para tanto é preciso prestar atenção. Que nos coloquemos no lugar do irmão caído no caminho, simbolizando os carentes, sofredores, doentes de todos os matizes, e tratemos de fazer por eles o que gostaríamos que fizessem por nós. Atentos às circunstâncias, aos momentos e aos locais por onde passemos.
"Assim como eu os ameis, amem também uns aos outros.
(R. Simonetti , “O Resgate de uma alma”, adaptado.)
(R. Simonetti , “O Resgate de uma alma”, adaptado.)