Retribuição de amor filial não é
pagamento e barganha por algo que recebemos, porque a abnegação não tem preço e
não se mede por re-compensas. Mas, é próprio do ser amado, amar em gratidão aquele
de quem colheu a vida e a orientação para sua existência. ...
Mesmo se nosso pai ou nossa mãe não
souberam cumprir mais do que sua paternidade ou maternidade carnal, saibamos
cumprir nossa parte de amor filial – podendo esse amor também se apresentar de
forma fraternal e pedagógica, na medida em que soubermos despertar, naqueles que
não souberam exercer sua missão junto a nós, a consciência moral e uma
germinação de bondade e benevolência.
O Espírito é sempre chamado a
exercer a fraternidade, ainda que esteja na posição de filho negligenciado ou
desprezado – porque é o amor que redime
todas as relações e resgata todos os desvios.
(“Meditações Pedagógicas”, cap.
Educação em Família, de J. H. Pes-talozzi, psicografia de Dora Incontri, Ed.
Comenius.)