Com o Cristo, não vemos a ideia
de repouso improdutivo como preparação para o Céu. Não foge o Mestre ao contato
com a luta comum. A Boa Nova em seu coração, em seu verbo e em seus braços é
essencialmente dinâmica. ...
Não se contenta em ser procurado para mitigar o
sofrimento e socorrer a aflição. Vai, Ele mesmo, ao encontro das necessidades
alheias. Instrui a alma do povo em pleno campo, dando a entender que todo lugar
é sagrado para a Divina Manifestação.
Não impõe condições para o desempenho da
missão de bondade que o retém ao lado das criaturas. Seja onde for, sem subestimar
os valores do Céu, ajuda, esclarece, ampara e salva.Com o Evangelho,
institui-se entre os homens o culto da verdadeira fraternidade. O Poder Divino
não permanece encerrado na simbologia dos templos de pedra. Liberta-se.
Volta-se para a esfera pública. Marcha ao encontro da necessidade e da
ignorância, da dor e da miséria. Abraça os desventurados e levanta os caídos.
Com Jesus, inicia-se na Terra o serviço da fé renovadora e dinâmica que, sendo
êxtase e confiança, é também compreensão e caridade para a ascensão do espírito
humano à Luz Universal.
(Emmanuel/Chico Xavier, “Roteiro”,
cap. 20, adaptado.) Lembremo-nos de que o Evangelho é Luz do Reino em
cada um para a construção do mundo de regeneração.