Estendem
os braços para o ouro que amontoaram, contudo... esse ouro apenas lhes assegura
o mausoléu em que se lhes guardam as cinzas. Alongam a lembrança para o nome em
que se ilustraram nos eventos humanos, todavia... quase sempre a fulguração
pessoal de que se viram objeto apenas lhes acorda o coração para a dor do
arrependimento tardio.
Contemplam
o campo de luta em que desenvolveram transitório domínio, mas... não enxergam
senão a poeira da desilusão que lhes soterra os sonhos mortos. Sim, em verdade,
passaram no mundo em carros de triunfo na política, na fortuna, na ciência, na
religião, no poder...
No
entanto, incapazes do verdadeiro serviço aos semelhantes, enganaram tão-somente
a si próprios, no culto ao egoísmo e ao orgulho, à intemperança e à vaidade que
lhes devastaram a vida.
E
despertaram, além da morte, sem recolher-lhe a renovadora luz. Recorda os que
padecem na derrota de si mesmos, depois de se acreditarem vencedores, dos que
choram as horas perdidas, e procura, enquanto é hoje, enriquecer o próprio
espírito para o amanhã que te aguarda, porque, consoante o ensino do Senhor,
nada vale reter por fora o esplendor de todos os impérios do mundo, conservando
a treva por dentro do coração.
(Palavras
de Vida Eterna - Emmanuel / Chico Xavier - item 6)