Editorial - janeiro 2021

Entre um ano que se vai

E outro que se inicia,

Há sempre nova esperança,

Promessas de Novo Dia...

Considera, meu amigo,

Nesse pequeno intervalo,

Todo o tempo que perdeste

Sem saber aproveitá-lo.

Se o ano que se passou

Foi de amargura sombria,

Nosso Pai nunca está pobre

Do pão de luz da alegria.

Pensa que o céu não esquece

A mais ínfima criatura,

E espera resignado


O teu quinhão de ventura.

Considera, sobretudo,

Que precisas, doravante,

Encher de luz todo o tempo

Da bênção de cada instante.

Sê na oficina do mundo

O mais perfeito aprendiz,

Pois somente no trabalho

Teu ano será feliz.


Não esperes recompensas

Dos bens da vida terrestre,

Mas volve toda a esperança

À paz do Divino Mestre.

Nas lutas, nunca te esqueças

Deste conceito profundo:

O reino da luz de Cristo

Não reside neste mundo.

Não olhes faltas alheias,

Não julgues o teu irmão,

Vive apenas no trabalho

De tua renovação.

Quem se esforça de verdade

Sabe a prática do bem,

Conhece os próprios deveres

Sem censurar a ninguém.


Ano Novo!... Pede ao Céu

Que te proteja o trabalho,

Que te conceda na fé

O mais sublime agasalho.

Ano Bom!... Deus te abençoe

No esforço que te conduz

Das sombras tristes da Terra

Para as bênçãos de Jesus.

 

Cartas do Evangelho

Casimiro Cunha / Francisco Cândido Xavier - Ed. Lake-SP