Eu vi Jesus nas praias, nos montes, nas cidades, com seus discípulos,
com Pilatos, na Via Crúcis e em suas súplicas finais a Deus por todos nós.
Enquanto caminhava, uma turba imensa o seguia. Curiosos, espiões do
Sinédrio, ladrões, mutilados diversos, prostitutas, cegos, pecadores de todos
os matizes, enfim, doentes do corpo e da alma. Muitos ali queriam que Jesus os
curassem, livrando-os dos seus males, sejam eles quais fossem. Jesus, com sua
imensa capacidade sensorial, escutava silencioso o pedido de cada um, ao mesmo
tempo em que consultava o merecimento de cada um perante as leis divinas, para
que pudesse operar a cura. Mas, o que muitos não sabem até hoje é que Jesus não
poderia curar aqueles que já não se fizessem dignos de serem curados, seja de
suas anomalias físicas, dos processos morais ou obsessivos. Procedendo esta
filtragem espiritual, Jesus caminhava de encontro aos merecedores, se estes não
pudessem se locomover até Ele, e os curava. Aqueles que podiam se locomover,
como num “passe de mágica”, conseguiam chegar até Ele, pois os caminhos iam se
abrindo... Jesus então, após o “milagre da cura”, dizia a cada um: “Vá e não
peques mais”.
Então os espiões do Sinédrio, vendo todo aquele “processo milagroso”,
iam imediatamente até os Doutores da Lei (Sacerdotes do Templo) contar as
façanhas do suposto filho de Deus, já que os judeus não acreditavam ser Jesus o
enviado de Deus, pois o enviado de Deus deveria ser aquele que elevaria o povo
judeu a ser o dominante supremo de todo o mundo. Esperavam que Jesus fosse um
guerreiro, um conquistador que pela espada subjugaria todos os povos
opositores. Mas Jesus pregou o amor e o perdão, por isso conspiraram e O
levaram até a cruz.
Eu vi!
Eu vi Jesus exemplificar o amor; multiplicar pães e peixes; curar; lavar
pés; na última ceia; receber o beijo fatal; ser preterido ao ladrão; ser
crucificado; entregar sua mãe a João; morrer na cruz; ser sepultado e
ressuscitar.
Eu sinto Jesus até hoje junto a mim.
Eu vi Jesus, pois eu sou a VERDADE.