
Todos sabemos que morremos, que a morte é inevitável, mas estamos tão apegados à vida e fazemos uma ideia tão negativa e temerosa da morte, que a rejeitamos em nossa consciência e a transformamos num mito, afastando-a para o fim dos tempos. [...] ...
Temos de nos familiarizar com a morte, considerando-a com naturalidade, não a transformando em tragédia ou em espetáculos inúteis de desespero. [...]
A morte é um fenômeno natural, de natureza biológica, no qual se verifica o esgotamento da vitalidade nos seres pela velhice ou por acidentes fisiológicos. Não atinge a essência do ser, que é sempre de natureza espiritual, referindo-se apenas ao corpo material.
(J. Herculano Pires, “Educação para a Morte”)