A Necessidade de Participar
“A vida social está na Natureza?”
“Certamente. Deus fez o homem para viver em sociedade. Não lhe deu inutilmente a palavra e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação.” (Questão 766 de O Livro dos Espíritos - Da Lei de Sociedade) ...
O homem, portanto, é um ser gregário, feito para a vida em sociedade. E é importante compreender a necessidade de todos participarmos da vida comunitária, integrando-nos em atividades sociais de acordo com nossa disponibilidade e preferência – um clube esportivo ou cultural, uma entidade de classe, um templo religioso, uma casa de caridade –,
contribuindo para que o grupo a que nos ligamos cumpra sua finalidade de forma equilibrada e proveitosa. Infelizmente muitos confundem o ato de usufruir, inspirado no egoísmo, com o de participar, que realmente nos integra na vida social.
Um associado de um clube de lazer, por exemplo, que usa as suas piscinas, campos de esporte, etc., mas não se preocupa em zelar pela conservação de seu patrimônio, está apenas usufruindo. Da mesma forma, os que procuram auxílio espiritual numa sociedade religiosa, sem considerar a necessidade de também colaborar nos seus serviços de fraternidade, estão apenas usufruindo.
Em qualquer setor de atividade humana, se só apenas usufruirmos, jamais colheremos o benefício maior: o enriquecimento de nossa personalidade, com pleno desenvolvimento de nossas potencialidades criadoras. Diz um ditado que “quem acende uma vela é o primeiro a iluminar--se”. Os que usufruem se perdem, não raro, na escuridão da inércia e da indiferença. Os que participam descobrem caminhos novos, iluminados pelo prazer de servir.
(Richard Simonetti, ”A Constituição Divina”, cap. Da Lei de Sociedade, editado por Gráfica São João Ltda., adaptado.)