Ecologia e Espiritismo


Na pergunta 705 de “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec pergunta: Por que nem sempre a terra produz bastante para fornecer ao homem o necessário?
A espiritualidade responde que o homem é ingrato e a despreza acusando a Natureza do que é ...
resultado de sua imprevidência.

A terra produziria sempre o necessário, se com o necessário se contentasse o homem [...].
Numa sociedade de consumo, ninguém se contenta com o necessário. A publicidade desperta apetites vorazes pelo que é supérfluo, descartável, renovando a cada campanha a promessa de felicidade trazida pela posse de mais um objeto: um novo modelo de celular, um carro, uma roupa. 

Para nós, espíritas, é fundamental que o alerta contra o consumismo seja entendido como uma dupla proteção: ao meio ambiente, que não suporta mais as crescentes demandas de matéria-prima e energia, e ao nosso espírito imortal, já que, segundo a doutrina, uma das características dos mundos inferiores é a atração pela matéria. 

Nesse sentido, não há  diferença entre consumismo e materialismo, e a nossa invigilância poderá custar caro ao nosso projeto de evolução espiritual.

(Texto adaptado de artigo de André Trigueiro, jornalista, ambientalista, espírita.)