“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá...”
Jesus (João, 14:27)
A paz do mundo costuma ser preguiça rançosa. A paz do espírito é serviço renovador. ...
A
primeira é inutilidade.
A
segunda é proveito constante.
Vejamos
o exemplo disso em nosso Divino Mestre.
Lares
humanos negaram-lhe o berço.
Mas
o Senhor revelou-se em paz na estrebaria.
Herodes
perseguiu-lhe, desapiedado, a infância tenra.
Jesus,
porém, transferindo-se de residência, em favor do apostolado que trazia,
sofreu, tranquilo, a imposição das circunstâncias.
Negado
pela fortuna de Jerusalém, refugiou-se, feliz, em barcas pobres da Galileia.
Amando
e servindo os necessitados e doentes, recebia, a cada passo, os golpes da
astúcia de letrados e casuístas de seu tempo; contudo, jamais deixou, por isso,
de exercer, imperturbável, o ministério do amor.
Abandonado
pelos próprios amigos, entregou-se serenamente à prisão injusta.
Sob
o cuspo injurioso da multidão, foi açoitado em praça pública e conduzido à
crucificação, mas voltou da morte, aureolado de paz sublime, para fortalecer os
companheiros acovardados e ajudar os próprios verdugos.
Recorda,
assim, o exemplo do Benfeitor Excelso e não procures segurança íntima fora do
dever corretamente cumprido, ainda mesmo que isso te custe o sacrifício
supremo.
A
paz do mundo, quase sempre, é aquela que culmina com o descanso dos cadáveres a
se dissociarem na inércia, mas a paz do Cristo é o serviço do bem eterno, em
permanente ascensão.
(Palavras
de Vida Eterna - Emmanuel / Chico Xavier - Item 57)
Se a paz não fizer
parte das tuas atitudes, dificilmente fará parte da tua vida.