Editorial - Nov 2023

Jesus exemplifica de forma extraordinária a essência de sua proposta na parábola do Bom Samaritano, conforme nos apresenta Lucas. O viajante ao chão, quase morto e despojado de seus bens, representa o homem desconhecido, impossível de se identificar. Não havia a oportunidade de se conversar com ele, descobrir seus objetivos, seu caráter. Não era possível, pelas suas vestes e posses, que já não estavam mais ali, avaliar sua condição social, sua pertença cultural ou religiosa. Seria ele também samaritano? Seria um criminoso? Pobre? Rico? Qual seria sua reação ao despertar?

Nada disso tinha importância para quem o olhava com compaixão, como o samaritano, que não via ali o outro, mas a si mesmo. Agiria perante o ferido como que gostaria que agissem com ele caso estivesse na mesma situação. Assim recomendava o Cristo, que amássemos ao próximo como a nós mesmos.

Allan Kardec, ao comentar esta lição no capítulo 15 de O Evangelho segundo o Espiritismo, conclui que Jesus não considerava a caridade apenas como uma das condições para a salvação, mas como a condição única. “Fora da caridade não há salvação”, esta a bandeira do Espiritismo!

Muita Paz!