Recado aos Trabalhadores - Fraquezas Humanas


O melhoramento humano, prioridade da instituição Espírita, sofre muitas derrotas de forças que tentam dificultar o caminho do bem. A literatura Espírita é rica em exemplos de entidades que buscam infiltrar nas casas Espíritas ideias perturbadoras para desestruturá-las.
O problema para essas criaturas infelizes...
é como penetrar na instituição, já que as casas Espíritas onde há comunhão de ideias, unidade de princípios e de sentimentos nobres possuem psicosfera altamente positiva sob a assistência de Espíritos elevados, o que dificulta muito sua ação perturbadora. Porém, ao surgirem "rachaduras" nas estruturas espirituais das instituições, os espíritos malfeitores conseguem vincular-se a indivíduos mais vulneráveis, incitando ciúmes, intrigas, disputas internas, melindres e ressentimentos.Kardec nos alertou de que o espiritismo não escaparia das fraquezas humanas. Não podemos ignorar os desafios que surgem, achando que tudo "está bem". Se ignoradas, essas fissuras irrompem mais tarde em terríveis rachaduras de complexa solução. Allan Kardek, na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, insistia na necessidade de moderação, bom senso e equilíbrio, como indispensáveis à harmonia pessoal e institucional. O constrário disso - irritação, ciúmes, fofoca, indiganação, melindres, disputas de cargos, etc.  - fragiliza as defesas da casa Espírita. Oração, esforço, vivência da ética cristã apontam novos horizontes ao convívio salutar e produtivo em nossas instituições. Em O Livro dos Médiuns (cap.29, it.340/341) Kardec analisa o problema das influências espirituais negativas nos grupos, indicando valioso roteiro para afastá-las: perfeita comunhão de vistas e sentimentos; cordialidade recíproca entre todos os membros; ausência de todo sentimento contrário à verdadeira caridade cristã; um único desejo: o de se instruirem e melhorarem por meio dos ensinos dos Espíritos. Ele sabia que nossos pendores são, para nós, piores que os maus espíritos, porque são esses pendores que os atraem. Por isso, conviver é uma lei moral, pois são dessas intereações psicossociais que o espírito cresce na direção de si mesmo.

 (Jerri Roberto de Almeida - em  "A Convivência na Casa Espírita", adaptado.)